domingo, 29 de julho de 2007

Fim de tarde


Não se fora totalmente, resta-lhe ainda o indício dos seus raios. O todo já não é visto, mas a cor que surge no fim do dia torna o céu azul-alaranjado, uma fonte de esperança. Estou no ocaso de um dia e sinto o sol se pondo dentro de mim, trazendo-me a certeza que no amanhã ele ressurgirá, forte e seguro, como é. Ele retornará calidamente aquecendo os labirintos mais escondidos e até os que quero esconder. Destes, o sol tem sede. As estradas, eu preciso percorrer para mostrar-lhe. Não é fácil percorrer estradas nem voltar caminhos percorridos e pisar nos seus solos ardorosos. Desejar revelar o caminho para os raios é trabalho de artesão. É tecer o fio dos labirintos para o sol dourar sua cor.

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