
Os dias são cheio de sabores e de ondas. Minha vida vem em ondas como aquela música que diz: “a vida vem em ondas como o mar, no indo e vindo infinito...” Ondas fortes, devastadoras, que quebram, como se quisesse despencar de um abismo. Quebram e se refazem, recomeçam e impulsionam a formação de outras. Ondas sem vigor, pequenas, desanimadas, que deságuam, sorvidas na areia. A vida vem ondas, incansáveis ondas, fadigadas ondas, intermináveis, espumosas. Água salgada ou doce? Um riacho ou um rio cheio de afluentes? Muitos sabores, muitas águas.
Águas mescladas de vida em movimento. Um dia, na praia, me vi sendo levada por uma onda, ela, gigantesca, eu, rolando, sem forças. Achei que ela ia me afogar. Subitamente, uma mão, era meu pai. Não deixou a onda me engolir. Eu era criança, porém, na memória ainda residem os resquícios daquele instante. Uma onda, uma mão de pai.
Meu pai humano.A vida, em ondas...
O mar, intensidade de águas que deságuam em mim.
Um comentário:
Você escreve sempre assim? Lindo, intenso, profundo, simples, difícil, saboroso? Ai ai...quem sou eu ao seu lado? NADA.
Parabéns, querida.
Sou sua fã.
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